O mercado doméstico de veículos de passeio e comerciais leves está em crescimento. Os consecutivos recordes de produção e vendas comprovam o bom momento da indústria automobilística nacional. E as previsões otimistas reforçam o grande salto que a frota circulante dará até 2015, em que já se prevê um incremento significativo no volume de carros circulando pelo Brasil.
Em cinco anos, mais de 15 milhões de veículos novos estarão andando pelas ruas, avenidas e estradas do país. Esta é a previsão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em que a frota circulante nacional deverá saltar dos atuais 31,9 milhões de veículos para quase 46,1 milhões em 2015.
“Por conta dessa alta, toda a cadeia produtiva do setor automobilístico já planeja seus investimentos para atender a nova demanda do mercado brasileiro. Nós, prestadores de serviços, também devemos estar atentos às previsões, projeções e análise de especialistas para atendimento a essa nova e promissora realidade”, afirma o diretor-presidente da Carglass Brasil, Fernando Pierri.
Entre as principais razões responsáveis pelo bom momento em que o setor automobilístico vive nos últimos anos, destacam-se a estabilidade da economia, o aumento do crédito e, em especial, o ingresso de novas classes sociais ao consumo. Com o aumento da nova classe média brasileira, o comportamento do consumidor vem se alterando em função de suas necessidades e anseios. Recentemente o Ibope divulgou uma pesquisa sobre o comportamento e os hábitos de consumo da nova classe média brasileira, em que identificou que quase 10% das pessoas pertencentes à classe C planejam comprar um automóvel até o final de 2011.
“9,5 milhões. Esse é o número de pessoas que, segundo a pesquisa do Ibope, pretendem comprar um carro novo em 2011. Coincidentemente esse potencial é praticamente o mesmo volume de veículos que hoje tem em suas apólices o seguro de vidro contratado no Brasil”, revela Pierri. “Sabemos que os licenciamentos de veículos zero quilômetros estão entre os 3,5 milhões ao ano, mas temos que olhar também para esse novo público, afinal eles também são potenciais usuários dos nossos produtos e serviços”, afirma o executivo.
“Ao mesclarmos os números da atual frota circulante (acima de 30 milhões de veículos), com o volume de veículos segurados (pouco mais de 12 milhões, dos quais cerca de 80% contratam o seguro de vidro para seus veículos), visualizamos o quanto há hoje de margem para crescimento somente nas apólices junto ao atual mercado segurador”, acrescenta.
Muitos brasileiros ainda desconhecem a importância do para-brisa e de sua manutenção, por isso não dão relevância na inclusão de sua cobertura na apólice de seguro. Porém, um dano como uma trinca no para-brisa, por exemplo, é bem mais perigoso do que se pode imaginar. Além de comprometer a segurança da estrutura do veículo e da integridade física dos ocupantes, andar com algum dano no para-brisa deixa o condutor sujeito às sanções previstas pela Resolução 216 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A infração é considerada grave, com penalidade de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação, multa e retenção do veículo para regularização.
A importância do vidro como item de segurança está relacionada à estrutura do veículo, pois cerca de 30% dela é formada pelo equipamento. “As pessoas devem ficar atentas aos cuidados com os vidros, em especial com o para-brisa, que serve de apoio às bolsas de ar. Em caso de um acidente no qual essas bolsas são acionadas, elas inflam-se e utilizam o para-brisa como apoio para amortecer o impacto das cabeças do motorista e passageiro. Por essa razão, a integridade física dos ocupantes do veículo está relacionada diretamente com o vidro, e sua correta fixação e manutenção são vitais como itens de segurança”, destaca Pierri.
Nem sempre é necessária a troca do para-brisa quando o equipamento é danificado. Há trincas que podem ser tratadas, atendendo às normas internacionais de segurança, sendo aprovado pelas próprias montadoras por manter as características originais do equipamento. O reparo de para-brisa resgata a estrutura da peça e, além disso, ao reparar o equipamento pode-se atingir uma economia de até oito vezes o valor da troca de um para-brisa, no custo do serviço a ser pago pelo consumidor.
O reparo contribui com o bolso do consumidor e com a preservação da natureza – ao evitar a substituição de um para-brisa, a empresa demonstra sua preocupação e responsabilidade com o meio ambiente. Para exemplificar essa afirmação, vale observar o impacto de cada produto na emissão de carbono – CO2, constatado nas fases de fabricação, distribuição e instalação. No reparo são emitidos 4kg de CO2, enquanto na troca se atinge 40kg CO2, ou seja, reparar é 10 vezes mais ecológico do que trocar. “Outro item interessante de ser comparado são os resíduos gerados. Quarenta reparos produzem um volume de resíduos que cabem na palma de uma mão, enquanto os resíduos gerados pela substituição de 40 para-brisas enchem o basculante de um caminhão”, finaliza Pierri.
J.N.
Revista Apólice