Ultima atualização 13 de janeiro

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Seguradoras investem na digitalização para oferta de produtos personalizados

Segundo o estudo “O Futuro do Seguro: Personalizado, Digitalizado e Conectado”, elaborado pela Capco, a digitalização é oportunidade para as empresas crescerem

EXCLUSIVO – Com o avanço da transformação digital, ocasionada principalmente pela pandemia de Covid-19, investir em tecnologia não é uma opção, mas uma obrigação do mercado de seguros. Segundo o estudo “O Futuro do Seguro: Personalizado, Digitalizado e Conectado”, desenvolvido pela Capco, a digitalização é oportunidade para seguradoras personalizarem produtos e crescerem a base de clientes. A empresa ouviu quase 14 mil pessoas no mundo, sendo 1.007 pessoas no Brasil. 

De acordo com o levantamento, 68% dos entrevistados que já possuem um seguro contratado dizem que esperam melhores serviços online de suas seguradoras. Além disso, 78% afirmaram que esperam essa melhoria por meio de aplicativos que dêem acesso a todos os produtos financeiros que possuem. “A pandemia despertou em muitas pessoas a consciência da importância de proteção e de poder contar com a segurança de um seguro em um momento de necessidade. Isso aumentou o número de buscas por seguros e investimentos em saúde, vida e previdência, além da aceleração do desenvolvimento de soluções digitais e da digitalização dos processos”, afirma Ricardo Bottas, CEO da SulAmérica.

A pesquisa também apontou que 70% dos entrevistados que não têm seguro usariam um aplicativo para ver em um só canal todos os seus produtos financeiros. Para o executivo, facilitar a experiência do consumidor com sua marca é fundamental, gerando assim confiança na segurança e privacidade dos dados (LGPD e SI), fazendo uso de tecnologias e interoperabilidades entre os sistemas da empresa e convertendo isso em uma experiência digital única.

“Na SulAmérica oferecemos acessos aos nossos serviços e produtos, multicanal, ou seja, nossos consumidores escolhem onde preferem ser atendidos. Pensando em nosso posicionamento de marca, como uma empresa que defende o conceito de Saúde Integral, trabalhamos em projetos para poder cada vez mais melhorar essas experiências, sempre baseados em pesquisas (NPS / CSAT) e feedbacks de nossos consumidores”, diz Bottas.

Além da importância de investir na digitalização, a pesquisa também constatou a necessidade das companhias investirem na experiência do consumidor. Segundo o estudo, 78% dos consultados que têm seguro aceitariam informar seus dados em troca de seguros personalizados, serviços e produtos. “A Sulamérica conta hoje com uma jornada de leads que prevê a oferta dos melhores produtos e serviços, adequados ao momento de vida das pessoas. Nesse ponto, recentemente, a nova campanha Geração Saúde Integral, lançada no 3º trimestre deste ano, é um bom exemplo. Ela permite que o cliente tenha acesso a um teste rápido e gratuito de Saúde Integral para que as pessoas saibam como anda o equilíbrio entre sua saúde física, emocional e financeira. Aqueles que respondem ao teste, ao final, são presenteados. Entre as opções estão sessões com psicólogo ou nutricionista na tela, orientação de saúde na tela ou R$50,00 para começar a investir na plataforma digital Órama”, conta o executivo. 

Dos entrevistados pela Capco que não contam com seguro, 77% nunca tiveram uma apólice e 31% considera o produto desnecessário, enquanto 30% disse não saber muito sobre o assunto. Bottas afirma que este é um momento desafiador e temos que aproveitar essa jornada para acelerar o crescimento do setor securitário no país e discutir soluções e oportunidades. 

“O índice de penetração de seguros no Brasil é abaixo da média geral de países desenvolvidos, o que demonstra um potencial natural de crescimento a longo prazo. Em saúde suplementar apenas 23% da população possui cobertura privada, em Odonto apenas 12%, em seguros de Vida menos de 20% da população está protegida e, supreendentemente, mesmo após a reforma da previdência, apenas 6% da população possui reservas em previdência privada.” 

Para que o setor aumente o índice de participação no PIB, é necessário que as seguradoras lancem produtos que permitam o aumento de acesso em segmentos diferenciados e façam a companhia crescer de forma sustentável, em um processo de digitalização profunda. “De forma prática, isso é possível por meio de novas iniciativas em tecnologia, transformação digital, democratização do acesso à seguros, ações de conscientização das pessoas sobre a importância de proteção e do planejamento presente e futuro, além do apoio e parceria com os quase 40 mil corretores de seguros que fazem parte de nosso dia a dia”, ressalta o presidente da SulAmérica.

Outra conclusão do estudo é que um dos fatores que levam pessoas a adquirirem uma apólice ou aumentarem a cobertura já existente é o aumento da renda familiar, sendo também levado em consideração o custo benefício na hora de escolher em qual seguradora comprar um produto. 53% dos brasileiros entrevistados disseram que deverão comprar um produto adicional de seguros no próximo ano, e isso pode aumentar com a digitalização e a facilidade de acesso. 

Para Bottas, o consumidor passou a estar mais conectado e a exigir cada vez mais processos digitais e produtos desenhados de acordo com a necessidade particular de cada grupo, com melhor custo/benefício. “Nessa linha, produtos cada vez mais acessíveis em seguro saúde tendem a crescer, assim como produtos de vida e previdência que ofereçam uma proteção financeira futura podem atrair novos clientes. Ainda, poderemos ver o crescimento de algumas verticais com a retomada pós-pandemia, como o produto viagem, que fora impactado com as medidas de isolamento social e restrições a deslocamentos”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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