Um levantamento mensal da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) revelou que, de janeiro a maio de 2021, o segmento de previdência privada aberta teve 91,7% de crescimento em captação líquida (considerando as receitas menos os resgates do período), totalizando R$ 11,9 bilhões. Em maio houve alta de 83,7%, chegando a R$ 3 bilhões no mês. Os percentuais se referem à comparação dos mesmos períodos com os dados de 2020.
A evolução resulta do crescimento de prêmios e contribuições cujo total foi de cerca de R$ 53 bilhões, no acumulado, e de R$ 11,6 bilhões apenas em maio (aumento de 28,6% e de 66,3%, respectivamente). Os resgates alcançaram R$ 41 bilhões e tiveram 17,4% de aumento nos primeiros cinco meses, sendo que no mês de maio o saldo foi de R$ 8,6 bilhões, um incremento de 61%.
Ainda conforme os indicadores da Fenaprevi, as provisões técnicas do segmento (valores registrados contabilmente pelas seguradoras e entidades abertas de previdência complementar) somaram R$ 1,03 trilhão em 2021.
“Os números são um bom indicativo para a indústria, pois representam uma retomada gradativa do setor que tem se demonstrado resiliente diante do momento mais desafiador das últimas décadas”, destacou o diretor executivo da entidade, Carlos de Paula.
De Paula explica que “fatores como o histórico investimento na inovação tecnológica e a prontidão da indústria em atender às necessidades imediatas dos participantes têm sido pontos determinantes no sentido de ratificar a importância do setor para a sociedade”.
Visão por produtos
Na análise da Fenaprevi estão computados os planos das famílias Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e os tradicionais de acumulação.
Nos cinco primeiros meses de 2021, em termos de prêmios e contribuições, os VGBL representaram 91,9% dos planos contratados, vindo depois o PGBL, com 7,2%, e 0,9% dos demais planos. A modalidade de contratação predominante é a individual (87,7%), seguida pela coletiva (10,9%) e pelos planos para menores (1,5%).
Do ponto de vista geográfico, segundo informações da Fenaprevi com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), os prêmios e contribuições acumulados estão distribuídos em 61% na região Sudeste, 17% na Sul e 11% na Nordeste. Por fim, o Centro-oeste responde por 8% de representação e o Norte do país por 3%.