Ultima atualização 14 de dezembro

Stefanini quer crescimento baseado em aquisições

Empresa de tecnologia avisa que pretende investir no crescimento por aquisições, apesar do cenário econômico brasileiro não se mostrar favorável frente a outras moedas
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Marco Stefanini, CEO e fundador da Stefanini

A inovação pode aparecer tanto no âmbito das vendas de produtos quanto na eficiência operacional do negócio, com impacto forte no futuro das empresas. “No Brasil, esta situação ganha contornos mais dramáticos por conta do custo Brasil”, avalia Marco Stefanini, CEO Global e Fundador da Stefanini. Seu objetivo é tornar a empresa mais transformacional para seus clientes, com mais valor agregado e maior grau de inovação.
A Stefanini possui 22k funcionários espalhados por vários países do mundo, com R$ 2,6 bi de faturamento e 11% de crescimento global, em relação ao ano de 2014. Ela é 5a. empresa no ranking da Fundação Dom Cabral de multinacionais brasileiras. O crescimento foi de 542% no índice de internacionalização da empresa desde 2008. O salto aconteceu a partir de aquisições realizadas fora do País.
Dentro do bolo de faturamento, há unidades com melhor ou pior desempenho. A melhor região em 2015 foi a Europa, com 20% de crescimento. A desvalorização das moedas  de diversos países tem impacto relativo, mas o impacto positivo do dólar mais alto não foi sentido, porque estas moedas também se desvalorizaram em relação ao dólar. “Mais da metade do faturamento vem de fora do Brasil e a intenção é que isso aumente”, prevê Stefanini. A inovação não é apenas suporte para os negócios mas é um agente transformacional para os clientes, juntamente com a sua cultura, sempre agregando novos valores.
Fora do País, a estratégia é adquirir empresas que façam a mesma atividade que a Stefanini para ganhar massa crítica. No Brasil, a estratégia é comprar empresas que tenham expertises diferentes. “O anel de inovação com centros globais envolve EUA, Romênia e Singapura, que devem se comunicar e interagir para criar novas possibilidades de desenvolvimento”, explicou Stefanini.
O novo foco de inovação fica em Singapura e deverá focar suas atividades para analytics. Mesmo em um ano bastante difícil, a empresa fez importantes aquisições em 2015, como a IHM (empresa de engenharia), Stefanini Capital Market (empresa de tesouraria), Stefanini Inspiring (start-up de inovação de ferramentas de marketing e comunicação para diversos mercados) e a Saque e Pague (solução de ATM para varejo e bancos menores).
O movimento tranformacional acontece de acordo com a estratégia do negócio. No caso da área de Business Consulting é importante reforçar o seu papel estratégico de puxar o futuro da empresa. “Como toda transformação, não gera um resultado financeiro imediato”, ressalta Stefanini.
O apetite para novas aquisições continua, seja em fundar uma empresa do zero, com alguém com boas ideias, aquisição de uma parte societária, até a aquisição total de empresas. Entretanto, Stefanini reconhece que vivemos um momento de inferno astral, porque há aumento da carga tributária na produção, com aumento de custo de dissídio etc, e queda da demanda. A situação é alarmante no setor de tecnologia, porque necessita de mão-de-obra intensiva. “A situação é muito difícil”, lamenta Stefanini.
Não há questionamento sobre a influência da tecnologia nos negócios. A discussão é como investir sem erros. Montar uma estratégia adequada em termos de riscos e investimentos é fundamental. “Estamos voltando à agenda de curto prazo no BRasil, porque o empresário precisa sobreviver. O grande problema de parte das empresas é ter que focar no curto prazo”, conclui Stefanini.

 

Kelly Lubiato
Revista Apólice

 

 

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