Ultima atualização 10 de outubro

União dos players para o crescimento

O 19º Congresso de Corretores de Seguros se propôs a responder uma questão: crescer e desenvolver: o caminho é simples? Para ajudar a responder essa pergunta, Tarcisio Godoy, secretário executivo do Ministério da Fazenda, destacou que a necessidade da sociedade brasileira é promover a educação financeira, que pode empoderar as pessoas, mas que  precisa de um esforço para que se torne um assunto cotidiano. O aumento do nível de renda, especialmente daqueles que foram incorporados na classe média, faz com que os brasileiros queiram mais proteção, especialmente na aposentadoria. “O entendimento de que seguro é investimento pra garantir o bem estar social hoje e na velhice é parte da educação financeira.”

Mas para isso, existem algumas questões que devem ser resolvidas, já que no Brasil há uma grande desigualdade de renda, as questões de aposentadoria e previdência, por causa do aumento da expectativa de vida, são bastante diferentes entre as regiões e essas discrepâncias precisam ser superadas através do crescimento do País.

Pensando nisso, o Governo Federal desenvolveu uma nova estratégia de retomada de crescimento: equilíbrio fiscal, para reaver os investimentos estrangeiros no País. “O que reduz os investimentos é uma situação transitória e superável”. De acordo com o ministro, os fatores externos também têm muita influência no momento atual brasileiro e é preciso ter paciência. “O longo prazo só vem forte e sustentável com equilíbrio fiscal, além de reformas estruturais”, completou.

Jayme Garfinkel, presidente do Conselho de Administração da Porto Seguro, afirmou que o problema do Brasil é a falta de um plano para construção de uma nação, um plano de longo prazo. “Nós estamos precisando de um modelo descentralizador. No mercado de seguros nós somos privilegiados. Nessa crise, sabemos que pelo menos 75% dos nossos clientes renovarão ano que vem. Mas pedidas precisam ser tomadas”, disse o executivo.

Como o corretor pode crescer?

Ser inovador requer treinamento e capacitação. Além da pró-atividade, estar atualizado com a tecnologia é indispensável e o seguro tem que acompanhar essa complexidade para capturar operações. Roberto Westenberger, superintendente da Susep, analisando o momento atual, incentiva uma postura mais ativa de expansão de suas fronteiras. Além disso, reiterou que na autarquia o importante é ajudar que o corretor cresça e não agir como um órgão policialesco.

Autorregulação

A fala de Roberto Westenberger no segundo dia do 19º Congresso de Corretores da Fenacor gerou reação do presidente da Fenacor, Armando Vergílio. Isso porque o superintendente, ao falar do apoio e da importância que deve se dar à autorregulação do mercado, tocou em um ponto crucial pelo qual a Fenacor vem lutando nos últimos tempos.

Apesar de o superintendente dar apoio à autorregulação, Vergílio cobrou da Susep uma posição mais firme em relação à instauração ou não essas autorreguladoras que para o presidente da Fenacor são um atestado de que o corretor está agindo corretamente. Para ele, a autarquia tem agido com uma atuação “punitiva e de forma restrita”

Em réplica, Westenberger lembrou que a autarquia está atuando fortemente para que os corretores possam trabalhar de forma mais livre, mas que as autorreguladoras deverão seguir um padrão, para que cada uma não traga regras diferentes que acabarão por confundir e inviabilizar a ação da Susep como reguladora do mercado de seguros

Já a dica de Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg e da Bradesco Seguros, é construir o que há de desafios para o futuro e se desenvolver para trazer benefícios aos segurados. Por isso, faz uma provocação: os corretores precisam se perguntar como poderão vender os produtos e conquistar clientes?

Essas perguntas são importantes, segundo Rossi, porque os consumidores no presente  e em um futuro próximo serão completamente diferentes. “50% da força de trabalho será da geração Y em 2016, pessoas com uma íntima relação com a internet. Como faremos para que as ofertas do corretor possam chegar ao consumidor de forma diferente? Temos que encontrar uma maneira de sermos mais modernos e mais proativos para encantar pessoas”, afirmou. A oportunidade está, mais do que nunca, no fato de que os clientes querem a figura do consultor para conseguir entender exatamente como funciona a oferta e é nesse momento que o corretor deve fazer o seu melhor. “Nós fazemos ou complementamos tudo que o Estado não pode fazer ou não consegue fazer sozinho”, concluiu Rossi

Patrick Larragoiti, presidente do Conselho de Administração da SulAmérica, diz que o caminho é simples, mas é desafiador e não só pelos aspectos macroeconômicos. “Não é na frente do computador que faremos nosso trabalho. Temos que conhecer o cliente e estar perto dele, conhecer a família do segurado, sua profissão, para oferecer melhores produtos possíveis”, aconselhou. O mercado parece ter percebido que esse é um momento de união, entre todos os players, para o desenvolvimento sustentável.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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