Ultima atualização 10 de outubro

Espaço para crescimento em Saúde

Personalidades do mercado discutem quais são as oportunidades para os corretores que atuam com saúde suplementar

Espaço do crescimento em Saúde

19º Congresso Fenacor – Ter um plano de saúde faz parte do desejo de boa parte da população brasileira. Segundo dados, ele é o terceiro anseio brasileiro, ficando atrás do acesso à educação e à casa própria. Para falar sobre oportunidades nesse mercado, personalidades se apresentaram no evento durante painel mediado pelo vice-presidente da Fenacor, Dorival Alves de Sousa.

José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde, assume a  situação complicada que o País vive, e afirma que as medidas de reajuste fiscal eram necessárias, mas têm impacto na saúde suplementar. O baixo crescimento afeta empregos e remunerações, enquanto o Governo Federal tem um espaço de manobra, que é reduzir as receitas do setor público como um todo. Com isso, a saúde pública é um dos primeiros setores a sofrerem cortes. “Vai para a saúde der, o que sobra depois dos cortes”, afirmou.

Mesmo assim, o que e mais ressaltado é a possibilidade que existe de crescimento. Hoje, a cada dez pessoas, quatro tem plano de saúde e apenas uma tem plano odontológico, paralelo a isso o desejo latente das pessoas cria a demanda.

Onde pescar oportunidades

A crise existe, mas regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste continuam angariando novos beneficiários. Esse processo de interiorização do País configura novas possibilidades, é por esses locais que a atividade está crescendo, longe do conhecido eixo Rio-São Paulo ao qual o mercado estava acostumado. Além disso, Cechin destacou que metade dos quatro milhões de estabelecimentos no País tem até quatro funcionários, o número de empresas com mais de 100 funcionários no Brasil é igual ao número de corretores. “O País perdeu 400 mil empregos, mas a região Centro-Oeste ganhou 600 mil”, comemorou o executivo.

Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde e da Bradesco Saúde, afirma que há um “oceano de oportunidades que deixa claro que o setor de seguros em geral é o mais resiliente à crise. Em particular, o setor de saúde privada é mais resistente ainda” constatou.  Para ele, a questão pela preferência tem dois fundamentos importantes: o padrão recente do Brasil em aumento do emprego e aumento do rendimento médio da população, que permitiram o acesso aos planos de saúde. O que torna esse crescimento mais importante é porque ele não se dirigiu apenas ao eixo Rio-São Paulo.

Para Maurício Lopes, presidente de Saúde  e Odonto da SulAmérica, “esse país é heterogeneamente brilhante, não cresce ou diminui de maneira geral, dependendo da época, alguns setores vibram e outros não, algumas regiões crescem fortes e outras decrescem”, apontou.

A máxima já conhecida pelos corretores, “se tem crise tem oportunidades” foi bastante comentada no evento, assim como a união entre os players do mercado. Lopes reiterou que o trabalho consultivo do corretor deve também se voltar para as seguradoras para que as soluções que o mercado precisa sejam encontrados em conjunto.

A resistência desse mercado, porém, não reside apenas na vontade dos clientes embora ela seja crucial, os frutos que esse mercado colhe hoje estão diretamente ligados ao trabalho dos canais de distribuição. Os dois fatores aliados impedem que a saúde suplementar pare, porque a partir do momento em que o as pessoas conseguem alcançar esse desejo elas não abrem mão de mantê-lo, conforme colocado por Cesar Serra, diretor Adjunto da ANS. A informação pode ser a cartada crucial para ampliar a penetração no mercado, com o aumento da renda veio  aumento de informação da sociedade e o corretor precisa acompanhar essa realidade. “Esse mercado resiste a crise e os movimentos de resistência são oportunidades que pedem corretores mais preparados”, acredita Serra.

Finalizando o painel, o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, complementa a fala de Serra dizendo que a resiliência do mercado é obra dos corretores e que o trabalho agora terão que se voltar para fazer de outras carteiras, o que foi feito da carteira de Automóvel. “Cabe a nós transformar tantos outros produtos em produtos que o cliente trará a demanda no seu desejo de compra. Nós precismos ter atenção a isso antes que outros tenham”.   Para Camillo, a ascensão das classes C e D não pode ser ignorada, pois são  40 milhões de pessoas que alcançaram seus sonhos e não querem regredir. “Nossa verdadeira missão é levar a sociedade à proteção securitária”, considerou.

Amanda Cruz
Revista Apólice

 

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