Ultima atualização 19 de novembro

CIST realiza II Simpósio do Clube Internacional de Seguros de Transportes

Evento foi realizado na última terça-feira, em São Paulo

O Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) organizou, na última terça-feira (18), o II Simpósio do Clube Internacional de Seguros de Transportes e Expo Cist. Realizado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, o evento abordou principalmente aspectos sobre o transporte de carga.

José Geraldo da Silva, presidente do CIST, afirmou que a entidade entende que o seguro de transporte deve estar alçado em pilares como distribuição “Precisamos da distribuição, feita pelo corretor de seguros, que não tem muita expertise em ramos específicos como o de transporte. É importante o envolvimento do corretor de seguros no processo, porque ele é o principal distribuidor desse produto”, afirmou, completando que o Clube tem como uma das principais missões a aproximação com o consumidor final. “A indústria de seguros como um todo não se aproxima do consumidor final”, disse.

Alexandre Camillo, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), aproveitou a ocasião para reiterar o apoio do Sindicato na promoção da indústria de seguros de transporte e no desenvolvimento do empreendedorismo pelo corretor de seguros.

Já para Nelson Victor Le Cocq D’Oliveira, diretor de autorizações da Susep, o Brasil apresenta nível crescente e o seguro de transporte é um elemento fundamental que oferece as adequadas coberturas de risco para que a atividade de seguros possa crescer e se desenvolver. “Da minha parte, há a percepção dos esforços nestes sentidos que vem sendo desenvolvidos para dar melhores condições a pratica da oferta do seguro de transporte”, completou.


Responsabilidades ambientais nos transportes

Há poucos anos, o seguro era pouco visto pelo ramo de transportes, visto que muitas empresas do segmento se baseavam apenas na compra de um caminhão e na venda do frete, que era feita pelo próprio proprietário. O mercado mudou e hoje é profissionalizado e gerenciado, o que exige dos profissionais a adaptação a este novo cenário.

“Chegamos à constatação de que devemos fazer alguma coisa pelo meio ambiente. Não há progresso sem mudança e os profissionais de seguros devem estar atentos a essas mudanças e entendê-las”, declarou o advogado especializado em direito ambiental Marco Antonio Gallão.

Segundo Gallão, o seguro se apresenta como um instrumento de gestão na questão de gerenciamento de risco e boas práticas até por questão de responsabilidade social, já que a população enfrenta as conseqüências das questões ambientais e sabe da importância de se ter atitudes sustentáveis.

“Às vezes é difícil defender algumas posturas ambientais porque isso é visto pelo próprio transportador como uma imposição de custo, uma coisa que o ramo de seguros também sofre. Precisamos mudar essa pespectiva e o grande desafio para o ramo segurador é a aproximação da ponta final, entender sua real necessidade e oferecer um produto afinado a essas necessidades, que não passe aquela obrigação indesejável”.

Já para Katia Papaioannou, subscritora sênior de Responsabilidade Civil Geral da Argo Seguros, falta um trabalho de conscientização no segmento de responsabilidade civil, uma vez que poucos corretores efetivamente trabalham com o produto. “Temos um nicho enorme a ser trabalhado. Hoje o segmento de responsabilidade civil representa apenas 3% do mercado de seguros”, disse ela.

Para conscientizar os profissionais de seguros quanto à importância do setor ambiental, Katia destacou que a empresa tem feito algumas palestras sobre o assunto em sindicatos e associações, o que afirmou ainda estar aquém do que deveria ser. “Até pela falta de preocupação deste tipo de seguro, o que vemos muito é que é sempre contratado um menor limite pelo menor preço. Quando acontece algum evento no qual os sinistros são muito caros, eles querem aumentar esse limite.

Adriana Boscov, superintendente de sustentabilidade da SulAmérica, também marcou presença no evento e afirmou que a corresponsabilidade, um fundamento da sustentabilidade, é a essência do seguro.

“A seguradora calcula todo o risco q você pode ter, mas ela precisa da sua ajuda para mitigar e minimizar esses riscos. Não há política de gerenciamento de risco por parte das transportadoras e é essencial que isso aconteça para o seguro existir. Se as transportadoras ou qualquer outra empresa não entender os riscos a que está exposto e não minimizá-los, o preço do seguro vai chegar a um ponto inviável”, explicou, finalizado que o engajamento das partes é essencial para a viabilização do seguro ambiental.

L.S.
Revista Apólice

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